Guimarães, pontos de vista
GUIMARÃES: PONTOS DE VISTA
Projeção de imagens da CFM na Rua Paio Galvão, nº 8 e 9 (Antigo Mercado)
De 26 de julho a 30 de setembro 2024 (todos os dias entre as 20h30-00h30)
A Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, apresenta, nas Gulterianas 2024, uma revisitação da Colecção de Fotografia da Muralha (CFM), em projeção vídeo, para o espaço público, de imagens de Guimarães, entre finais do séc.XIX e meados do séc.XX.
Para a exposição foram escolhidas imagens que dão uma perspetiva da cidade, da sua evolução, em dois grupos distintos: na primeira parte (Sobre a Cidade), vistas de Guimarães tomadas em diferentes épocas, a partir de pontos cardeais distintos, na segunda parte da projeção (Da Cidade), as vistas a partir dos pontos fundamentais da antiga Muralha de Guimarães, que constituíram, durante muitos séculos, as suas principais linhas de defesa. Sobre estas últimas perspetivas chegou, até à atualidade, apenas a Torre da Alfândega. No entanto, reconstitui-se nesta exposição, através das imagens, aquelas linhas de vista que assentariam nas restantes torres/portas da antiga Muralha. Além da Torre da Alfândega, existiram na Muralha a Torre Velha, a Torre da Senhora da Guia, a Torre dos Cães, o Torrilhão de Santa Cruz/Porta da Freiria, a Torre Norte do Castelo, o Torrilhão da Garrida/Porta de Santo António, a Torre de S.Bento e a Torra da Senhora da Piedade/Porta da Vila.
A exposição Guimarães: pontos de vista procura mostrar a evolução da cidade, mas igualmente a vida dos seus habitantes, tendo-se, assim, selecionado um conjunto de imagens que evidenciam o pulsar da sua atividade, nomeadamente através das Festas Gualterianas, que começaram em 1906.
Através do visionamento das imagens, poderemos ver a evolução da cidade, o seu desenvolvimento, mas, igualmente, o que foi inapelavelmente perdido por decisões menos cuidadas. Poderemos ver, na exposição, o património que se manteve e que nos enriquece ainda hoje, mas, igualmente, o património que desapareceu, as linhas de vista que se perderam.
Refletir sobre o passado, visionando uma cidade diferente da que é hoje, é, cremos, um importante instrumento de defesa do património atual, pois muito daquilo que somos enquanto comunidade depende daquilo que, dia a dia, vemos. E tudo aquilo que conforta o nosso olhar diário deve ser defendido, para que, no futuro, outros possam ser enriquecidos por esse distinto olhar, que nos liga no tempo enquanto comunidade.
A Colecção de Fotografia da Muralha (CFM) é constituída, na sua origem, por 5646 clichês fotográficos em vidro. Este núcleo de imagens foi comprado pela Muralha, na década de 1980, estudado e digitalizado. Os clichês provêm das casas fotográficas de Domingos Alves Machado (1882-1957), um homem que, além de várias atividades, transportou para a fotografia a sua paixão pela arte e pela criatividade. O trabalho de conservação, organização, datação, de produção de textos e de divulgação da CFM conferem-lhe hoje, assim o cremos, um estatuto particular e significativo, como testemunho histórico, artístico e da vida social em Guimarães no final do século XIX e inícios do século XX. A CFM vem-se alargando através da criação de imagens contemporâneas, que alertem e deem a conhecer o património atual, mas também no estudo e digitalizações de coleções particulares relevantes. A Muralha encara a CFM como uma tarefa permanente que se pode alargar a outros espólios e a outros tempos. O diálogo que se procura entre a imagem, a investigação histórica e a interpretação criativa, é a linha estratégica em que assenta e assentará o futuro da Coleção e onde as exposições da CFM tendem, progressivamente, a incorporar novas visões e novas realidades.
Muralha, Associação de Guimarães para a defesa do Património
Apoio:
Oficina
Projeção de imagens da CFM na Rua Paio Galvão, nº 8 e 9 (Antigo Mercado)
De 26 de julho a 30 de setembro 2024 (todos os dias entre as 20h30-00h30)
A Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, apresenta, nas Gulterianas 2024, uma revisitação da Colecção de Fotografia da Muralha (CFM), em projeção vídeo, para o espaço público, de imagens de Guimarães, entre finais do séc.XIX e meados do séc.XX.
Para a exposição foram escolhidas imagens que dão uma perspetiva da cidade, da sua evolução, em dois grupos distintos: na primeira parte (Sobre a Cidade), vistas de Guimarães tomadas em diferentes épocas, a partir de pontos cardeais distintos, na segunda parte da projeção (Da Cidade), as vistas a partir dos pontos fundamentais da antiga Muralha de Guimarães, que constituíram, durante muitos séculos, as suas principais linhas de defesa. Sobre estas últimas perspetivas chegou, até à atualidade, apenas a Torre da Alfândega. No entanto, reconstitui-se nesta exposição, através das imagens, aquelas linhas de vista que assentariam nas restantes torres/portas da antiga Muralha. Além da Torre da Alfândega, existiram na Muralha a Torre Velha, a Torre da Senhora da Guia, a Torre dos Cães, o Torrilhão de Santa Cruz/Porta da Freiria, a Torre Norte do Castelo, o Torrilhão da Garrida/Porta de Santo António, a Torre de S.Bento e a Torra da Senhora da Piedade/Porta da Vila.
A exposição Guimarães: pontos de vista procura mostrar a evolução da cidade, mas igualmente a vida dos seus habitantes, tendo-se, assim, selecionado um conjunto de imagens que evidenciam o pulsar da sua atividade, nomeadamente através das Festas Gualterianas, que começaram em 1906.
Através do visionamento das imagens, poderemos ver a evolução da cidade, o seu desenvolvimento, mas, igualmente, o que foi inapelavelmente perdido por decisões menos cuidadas. Poderemos ver, na exposição, o património que se manteve e que nos enriquece ainda hoje, mas, igualmente, o património que desapareceu, as linhas de vista que se perderam.
Refletir sobre o passado, visionando uma cidade diferente da que é hoje, é, cremos, um importante instrumento de defesa do património atual, pois muito daquilo que somos enquanto comunidade depende daquilo que, dia a dia, vemos. E tudo aquilo que conforta o nosso olhar diário deve ser defendido, para que, no futuro, outros possam ser enriquecidos por esse distinto olhar, que nos liga no tempo enquanto comunidade.
A Colecção de Fotografia da Muralha (CFM) é constituída, na sua origem, por 5646 clichês fotográficos em vidro. Este núcleo de imagens foi comprado pela Muralha, na década de 1980, estudado e digitalizado. Os clichês provêm das casas fotográficas de Domingos Alves Machado (1882-1957), um homem que, além de várias atividades, transportou para a fotografia a sua paixão pela arte e pela criatividade. O trabalho de conservação, organização, datação, de produção de textos e de divulgação da CFM conferem-lhe hoje, assim o cremos, um estatuto particular e significativo, como testemunho histórico, artístico e da vida social em Guimarães no final do século XIX e inícios do século XX. A CFM vem-se alargando através da criação de imagens contemporâneas, que alertem e deem a conhecer o património atual, mas também no estudo e digitalizações de coleções particulares relevantes. A Muralha encara a CFM como uma tarefa permanente que se pode alargar a outros espólios e a outros tempos. O diálogo que se procura entre a imagem, a investigação histórica e a interpretação criativa, é a linha estratégica em que assenta e assentará o futuro da Coleção e onde as exposições da CFM tendem, progressivamente, a incorporar novas visões e novas realidades.
Muralha, Associação de Guimarães para a defesa do Património
Apoio:
Oficina
V Jornadas Históricas, 15 de junho
FERNANDO TÁVORA EM GUIMARÃES, livro, 5 de junho 2024, 15h
FERNANDO TÁVORA em Guimarães
Apresentação de livro, 15h00
Assembleia de Guimarães
Organização: Escola de Arquitectura Artes e Design da Universidade do Minho (EAAD), Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT), Assembleia de Guimarães e Muralha
Apoio: Câmara Municipal de Guimarães
No âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Fernando Távora, vai ser apresentado um livro sobre a indelével presença do arquitecto em Guimarães, relevando a duradoura marca que até hoje nos deixo, através da sua obra. Na apresentação do livro, coordenado por Eduardo Fernandes e João Cabeleira, será apresentado, pelos autores dos textos, cada uma das obras nele referidas, a saber:
Posto Duplo de Abastecimento de Combustível de Covas
Alexandre Alves Costa
A Assembleia de Guimarães.
Ana Jordão e Carlos Machado
Pousada de Santa Marinha
João Rapagão
Plano Geral de Urbanização de Guimarães
Miguel Frazão
Casa na Rua Nova.
Teresa Cunha Ferreira & David Ordóñez Castañón
As Praças de Guimarães
José António Bandeirinha
A esquadra da PSP
Eduardo Fernandes e Nuno Correia
Quinta da Cavada.
Ana Berkeley Cotter
Quinta da Várzea
Paulo Tormenta Pinto
Apresentação de livro, 15h00
Assembleia de Guimarães
Organização: Escola de Arquitectura Artes e Design da Universidade do Minho (EAAD), Laboratório da Paisagem, Património e Território (Lab2PT), Assembleia de Guimarães e Muralha
Apoio: Câmara Municipal de Guimarães
No âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Fernando Távora, vai ser apresentado um livro sobre a indelével presença do arquitecto em Guimarães, relevando a duradoura marca que até hoje nos deixo, através da sua obra. Na apresentação do livro, coordenado por Eduardo Fernandes e João Cabeleira, será apresentado, pelos autores dos textos, cada uma das obras nele referidas, a saber:
Posto Duplo de Abastecimento de Combustível de Covas
Alexandre Alves Costa
A Assembleia de Guimarães.
Ana Jordão e Carlos Machado
Pousada de Santa Marinha
João Rapagão
Plano Geral de Urbanização de Guimarães
Miguel Frazão
Casa na Rua Nova.
Teresa Cunha Ferreira & David Ordóñez Castañón
As Praças de Guimarães
José António Bandeirinha
A esquadra da PSP
Eduardo Fernandes e Nuno Correia
Quinta da Cavada.
Ana Berkeley Cotter
Quinta da Várzea
Paulo Tormenta Pinto
Guimarães, 17 de abril de 2024
NOTA DE PESAR
A Muralha, associação de Guimarães para a defesa do Património, vem através da presente nota de pesar, dar público conhecimento da sua consternação pela morte, hoje, do dr. Fernando Dias de Carvalho Conceição, um amigo de sempre e para sempre.
O dr. Fernando Conceição foi sócio desde a fundação da Muralha, presidente do seu Conselho Diretivo (2009-2010), presidente da Assembleia Geral durante 4 mandatos, mas, ao longo da sua vida, deu sempre valorosos e decisivos contributos para a afirmação cívica da Muralha. Associação que tão bem serviu, ao longos dos 42 anos da sua existência.
Foram inúmeras as visitas guiadas que organizou para a associação. Além disso, escreveu um conjunto vasto e valioso de textos para a instituição, a partir do seu trabalho de pesquisa histórica, que enriqueceram o património da Muralha. Muitos deles constam da publicação editada pela Muralha, a 11 de abril de 2023, no livro Fernando Conceição e a Muralha, uma pública e justa homenagem que lhe foi feita.
Resta-nos endereçar aos familiares, em especial à Dra. Manuela Alcântara, outra figura central da história da Muralha, os nossos pêsames e honrar a sua memória.
MURALHA, associação de Guimarães para a defesa do património
NOTA DE PESAR
A Muralha, associação de Guimarães para a defesa do Património, vem através da presente nota de pesar, dar público conhecimento da sua consternação pela morte, hoje, do dr. Fernando Dias de Carvalho Conceição, um amigo de sempre e para sempre.
O dr. Fernando Conceição foi sócio desde a fundação da Muralha, presidente do seu Conselho Diretivo (2009-2010), presidente da Assembleia Geral durante 4 mandatos, mas, ao longo da sua vida, deu sempre valorosos e decisivos contributos para a afirmação cívica da Muralha. Associação que tão bem serviu, ao longos dos 42 anos da sua existência.
Foram inúmeras as visitas guiadas que organizou para a associação. Além disso, escreveu um conjunto vasto e valioso de textos para a instituição, a partir do seu trabalho de pesquisa histórica, que enriqueceram o património da Muralha. Muitos deles constam da publicação editada pela Muralha, a 11 de abril de 2023, no livro Fernando Conceição e a Muralha, uma pública e justa homenagem que lhe foi feita.
Resta-nos endereçar aos familiares, em especial à Dra. Manuela Alcântara, outra figura central da história da Muralha, os nossos pêsames e honrar a sua memória.
MURALHA, associação de Guimarães para a defesa do património
REGRESSO ÀS PONTES DE GUIMARÃES
A Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, é formalmente fundada em 1982, tendo como seu primeiro presidente o Arquiteto Fernando Távora, do qual se comemoram, este ano, os cem anos do seu nascimento, tendo desenvolvido algumas das suas notáveis obras em Guimarães, em particular o Plano Geral de Urbanização de Guimarães (PGU,1979-1982). Este Plano tem a importante particularidade de ter posto a preservação patrimonial, a sua valorização, como elemento central do Plano, por oposição às ideias de crescimento que então grassavam no país, garantindo com essa aposta uma visão de cidade que levou, posteriormente, a classificação do Centro Histórico de Guimarães como Património Cultural da Humanidade, em 2001.
No entanto, todo o reconhecimento da importância histórica e patrimonial de Guimarães tende, por uma questão de esquecimento, e quantas vezes de incúria, a esquecer que Guimarães é um todo, de Castelões a Lordelo, de Longos a Serzedo, e que o património que nos legaram não está só na cidade, mas se encontra presente em todo o concelho, exigindo, de todos, a atenção que devotámos – e bem – à cidade.
O trabalho da Muralha consistiu, muitas vezes, em mostrar publicamente esse Guimarães mais esquecido. Assim aconteceu muitas vezes, nomeadamente em 2010, com a exposição Sobre Pontes, conduzida pelo Dr. Fernando Conceição, à altura presidente da Muralha e que completou este ano 100 anos de uma profícua existência.
A exposição deste ano, Regresso às Pontes de Guimarães, integrada nas Festas Gualterianas de 2023, é uma revisitação atualizada e aumentada desse propósito, dessa causa. Nela poderemos ver as pontes que pontuam o concelho, umas mais nobres, outras mais simples, umas cuja origem remonta ao tempo da ocupação romana, outras medievais, outras do fontismo, e outras com origem imprecisa, mas todas elas com um importante significado de unir populações, de permitir a circulação de pessoas, de mercadorias, de animais.
As pontes, além da sua importância prática, são sempre símbolos de união e merecem respeito pela sua função e pela sua história. As pontes foram fotografadas por Miguel Oliveira, realçando a singeleza e a beleza de muitas delas, mas, igualmente, a degradação a que vão estando sujeitas, as cicatrizes da falta de cuidado relativamente às origens e importância das pontes, os tubos que ignobilmente a elas se colam, descaracterizando-as, a falta de cuidado a que vão estando sujeitas, como se a sua história pudesse ser descartável por imposições de um utilitarismo que as violenta, quando, pelo contrário, as deveria enobrecer.
Esta exposição procura constituir-se também, não só como um alerta, mas igualmente um desafio a cada um de nós conheça as pontes que no concelho nos permitem atravessar o Rio Ave, o Rio Vizela, o Rio Selho, ou outros afluentes que a eles vão dar, para que visitemos as pontes de Guimarães, para conhecer a natureza que as envolve e enobrece, saindo assim de um centro que diariamente nos convoca, para a beleza policêntrica do concelho Guimarães, para a história da comunidade a que pertencemos, num todo.
E é o conhecimento da nossa realidade, do nosso património, que nos permitirá manter alguma exigência de conservação patrimonial em quem tem responsabilidades na sua preservação. Só atentos e atuantes poderemos legar aos que nos sucederão o património magnífico que herdámos. Como estas pontes de Guimarães que ainda hoje nos unem.
“Património é, como a palavra significa, aquilo que herdamos dos nossos pais ou, em sentido lato, o conjunto de valores que os homens foram criando e conservando ou transformando ao longo do tempo e que os identificam como comunidade.”
Fernando Távora in Folheto da Apresentação Pública do PGU.1982.
Muralha, Associação de Guimarães para a defesa do Património
Apoio:
Oficina
Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda
No entanto, todo o reconhecimento da importância histórica e patrimonial de Guimarães tende, por uma questão de esquecimento, e quantas vezes de incúria, a esquecer que Guimarães é um todo, de Castelões a Lordelo, de Longos a Serzedo, e que o património que nos legaram não está só na cidade, mas se encontra presente em todo o concelho, exigindo, de todos, a atenção que devotámos – e bem – à cidade.
O trabalho da Muralha consistiu, muitas vezes, em mostrar publicamente esse Guimarães mais esquecido. Assim aconteceu muitas vezes, nomeadamente em 2010, com a exposição Sobre Pontes, conduzida pelo Dr. Fernando Conceição, à altura presidente da Muralha e que completou este ano 100 anos de uma profícua existência.
A exposição deste ano, Regresso às Pontes de Guimarães, integrada nas Festas Gualterianas de 2023, é uma revisitação atualizada e aumentada desse propósito, dessa causa. Nela poderemos ver as pontes que pontuam o concelho, umas mais nobres, outras mais simples, umas cuja origem remonta ao tempo da ocupação romana, outras medievais, outras do fontismo, e outras com origem imprecisa, mas todas elas com um importante significado de unir populações, de permitir a circulação de pessoas, de mercadorias, de animais.
As pontes, além da sua importância prática, são sempre símbolos de união e merecem respeito pela sua função e pela sua história. As pontes foram fotografadas por Miguel Oliveira, realçando a singeleza e a beleza de muitas delas, mas, igualmente, a degradação a que vão estando sujeitas, as cicatrizes da falta de cuidado relativamente às origens e importância das pontes, os tubos que ignobilmente a elas se colam, descaracterizando-as, a falta de cuidado a que vão estando sujeitas, como se a sua história pudesse ser descartável por imposições de um utilitarismo que as violenta, quando, pelo contrário, as deveria enobrecer.
Esta exposição procura constituir-se também, não só como um alerta, mas igualmente um desafio a cada um de nós conheça as pontes que no concelho nos permitem atravessar o Rio Ave, o Rio Vizela, o Rio Selho, ou outros afluentes que a eles vão dar, para que visitemos as pontes de Guimarães, para conhecer a natureza que as envolve e enobrece, saindo assim de um centro que diariamente nos convoca, para a beleza policêntrica do concelho Guimarães, para a história da comunidade a que pertencemos, num todo.
E é o conhecimento da nossa realidade, do nosso património, que nos permitirá manter alguma exigência de conservação patrimonial em quem tem responsabilidades na sua preservação. Só atentos e atuantes poderemos legar aos que nos sucederão o património magnífico que herdámos. Como estas pontes de Guimarães que ainda hoje nos unem.
“Património é, como a palavra significa, aquilo que herdamos dos nossos pais ou, em sentido lato, o conjunto de valores que os homens foram criando e conservando ou transformando ao longo do tempo e que os identificam como comunidade.”
Fernando Távora in Folheto da Apresentação Pública do PGU.1982.
Muralha, Associação de Guimarães para a defesa do Património
Apoio:
Oficina
Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda
Dar a volta à penha, inauguração, 1/6, 18h, Garagem Avenida
DAR A VOLTA À PENHA
Da montanha que nos olha e na qual olhamos a cidade e o concelho de Guimarães, importou sempre, e importa também hoje, cuidar dela, como sempre ela cuidou de nós. E é pelos séculos de uma vigilância constante, pela generosidade da sua natureza, que importa conhecer a montanha, a nossa montanha, respeitá-la na sua história e no cuidado que ela nos deve sempre merecer.
Haverá hoje volta a dar à Penha? Certamente. Como?
Entre Outubro de 2020 e Janeiro de 2021, estas perguntas foram sendo formuladas, ouvidas e tratadas na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, em Guimarães. Ao longo de várias atividades e diferentes Unidades Curriculares do Mestrado Integrado em Arquitetura (MIARQ), durante um semestre académico, vários docentes e cerca de quarenta e cinco estudantes procuraram estabelecer observações, interpretações e intervenções propondo análises e projetos de arquitetura sobre a encosta desta montanha a sudeste da cidade.
Com origem num desafio lançado pela Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, da Assembleia de Guimarães e da Irmandade da Penha, o objectivo foi o de procurar reflectir sobre este lugar real, mas ao mesmo tempo simbólico, procurando lê-lo e descrevê-lo como um território especial e onde se inclui um vasto património natural, construído, cultural, turístico e, sobretudo, afetivo.
Os resultados, produzidos pelos estudantes e sob a coordenação dos docentes Rute Carlos, João Sarmento, João Monteiro, Paulo Mendonça, Marta Labastida Juan e Miguel Sopas Bandeira (em áreas como as da Paisagem, da Sustentabilidade e do Espaço Público), demonstram a existência de várias hipóteses merecedoras de atenção à superfície e em profundidade. Tanto é que, nos exercícios aqui expostos, encontrar-se-ão ideias, narrativas, estudos e planos de ação e especulação sobre formas arquitectónicas, sobre módulos construtivos, sobre elementos mais ou menos perenes, sobre imagem em movimento, sobre a história e o presente, sobre recursos naturais e suportes locais, entre outras frentes.
Regressamos então às perguntas iniciais: como dar a volta à Penha, como deveremos proteger o seu presente e o seu futuro? Registando-a na sua incompletude, elencando-a na sua complexidade, visionando-a na sua estrutura, e intervindo sobre a sua aparência. Ora, pois é essa amostra de registos que vêm explorar somente uma parte das perguntas originais, mas que, por certo, indiciarão respostas mais justas e informadas.
ORGANIZAÇÃO
Muralha, Associação de Guimarães para Defesa do Património
Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho
APOIO
Câmara Municipal de Guimarães
Outras entidades envolvidas:
Assembleia de Guimarães
Irmandade da Penha
Teleférico da Penha
Haverá hoje volta a dar à Penha? Certamente. Como?
Entre Outubro de 2020 e Janeiro de 2021, estas perguntas foram sendo formuladas, ouvidas e tratadas na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, em Guimarães. Ao longo de várias atividades e diferentes Unidades Curriculares do Mestrado Integrado em Arquitetura (MIARQ), durante um semestre académico, vários docentes e cerca de quarenta e cinco estudantes procuraram estabelecer observações, interpretações e intervenções propondo análises e projetos de arquitetura sobre a encosta desta montanha a sudeste da cidade.
Com origem num desafio lançado pela Muralha, Associação de Guimarães para a Defesa do Património, com o apoio da Câmara Municipal de Guimarães, da Assembleia de Guimarães e da Irmandade da Penha, o objectivo foi o de procurar reflectir sobre este lugar real, mas ao mesmo tempo simbólico, procurando lê-lo e descrevê-lo como um território especial e onde se inclui um vasto património natural, construído, cultural, turístico e, sobretudo, afetivo.
Os resultados, produzidos pelos estudantes e sob a coordenação dos docentes Rute Carlos, João Sarmento, João Monteiro, Paulo Mendonça, Marta Labastida Juan e Miguel Sopas Bandeira (em áreas como as da Paisagem, da Sustentabilidade e do Espaço Público), demonstram a existência de várias hipóteses merecedoras de atenção à superfície e em profundidade. Tanto é que, nos exercícios aqui expostos, encontrar-se-ão ideias, narrativas, estudos e planos de ação e especulação sobre formas arquitectónicas, sobre módulos construtivos, sobre elementos mais ou menos perenes, sobre imagem em movimento, sobre a história e o presente, sobre recursos naturais e suportes locais, entre outras frentes.
Regressamos então às perguntas iniciais: como dar a volta à Penha, como deveremos proteger o seu presente e o seu futuro? Registando-a na sua incompletude, elencando-a na sua complexidade, visionando-a na sua estrutura, e intervindo sobre a sua aparência. Ora, pois é essa amostra de registos que vêm explorar somente uma parte das perguntas originais, mas que, por certo, indiciarão respostas mais justas e informadas.
ORGANIZAÇÃO
Muralha, Associação de Guimarães para Defesa do Património
Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho
APOIO
Câmara Municipal de Guimarães
Outras entidades envolvidas:
Assembleia de Guimarães
Irmandade da Penha
Teleférico da Penha
Património Natural e Edificado I
A AVENIDA DO JORDÃO
12 de fevereiro 2022
A Avenida do Jordão é uma exposição do Cineclube de Guimarães e da Muralha destinada a celebrar a reabertura do Teatro Jordão, um espaço cultural ímpar na história da cidade.
A construção do Teatro Jordão, inaugurado a 20 de novembro de 1938, encerra a história de determinação de um homem, Bernardino Jordão, interessado em dotar Guimarães de uma sala de espetáculos condigna que não existia na cidade desde o fecho do Teatro D. Afonso Henriques.
Por questões políticas, não foi permitido ao homem que empreendeu tal feito, ver o espaço que sonhou e erigiu receber o nome que para ele, justamente, havia escolhido: o de Teatro Jordão. Foi já seis meses depois da sua morte, e por alargada insistência da sociedade vimaranense, que o nome foi formal e legalmente resgatado. Entretanto fizeram-se petições e escreveram-se artigos a clamar pela injustiça, como o de Alfredo Pimenta que escreve no Notícias de Guimarães, um mês antes da abertura do edifício, o seguinte:
“Dizem-me que Bernardino Jordão está ou esteve preso a orientações políticas bem distantes da minha.
Não me interessa essa circunstância - em primeiro lugar, porque entendo, desde sempre, que do Cavalinho para cá, só deve haver vimaranensismo. E se todos pensassem assim, bem diferente seria a situação de Guimarães, hoje. O que a tem prejudicado, o que a prejudica é a pulverização em que vive.
Em segundo lugar - o que me interessa em Bernardino Jordão não são os seus sentimentos políticos partidários, se os tem, mas sim a sua actividade social, a sua obra vimaranense, a sua prodigiosa faculdade de iniciativa.(...)”
Para além da construção do Teatro, Bernardino Jordão já se havia instalado na Avenida do Comércio, assim designada aquando da inauguração da avenida no último domingo do ano de 1900, através da compra do Palácio de Vila Flor, para onde se mudara com a família, traz igualmente para a avenida a sua companhia elétrica, numa artéria então designada por Cândido dos Reis desde 1910, e os seus descendentes criam no espaço uma moderna subestação da companhia (1959), já com o nome de Avenida Afonso Henriques (desde finais de 1943).
No entanto esta dança toponímica não entra no coração dos vimaranenses. Essa Avenida, que surge da necessidade de ligar o centro da cidade à estação ferroviária, e onde se afirma a modernidade urbana de Guimarães, não agarra nunca os nomes com que a batizam. O aparecimento do Teatro Jordão, a extraordinária popularidade que o espaço alcançou, a sua ímpar magnificência, a forma como aquele espaço cultural resgatou o orgulho vimaranense, é que define verdadeiramente aquela artéria aos olhos dos vimaranenses. A Avenida Afonso Henriques, apesar do nome simbólico que carrega, não deixará de ser, na boca dos vimaranenses, a Avenida do Jordão. Ainda hoje, em algumas bocas, muitas, o continua a ser.
A construção do Teatro Jordão, inaugurado a 20 de novembro de 1938, encerra a história de determinação de um homem, Bernardino Jordão, interessado em dotar Guimarães de uma sala de espetáculos condigna que não existia na cidade desde o fecho do Teatro D. Afonso Henriques.
Por questões políticas, não foi permitido ao homem que empreendeu tal feito, ver o espaço que sonhou e erigiu receber o nome que para ele, justamente, havia escolhido: o de Teatro Jordão. Foi já seis meses depois da sua morte, e por alargada insistência da sociedade vimaranense, que o nome foi formal e legalmente resgatado. Entretanto fizeram-se petições e escreveram-se artigos a clamar pela injustiça, como o de Alfredo Pimenta que escreve no Notícias de Guimarães, um mês antes da abertura do edifício, o seguinte:
“Dizem-me que Bernardino Jordão está ou esteve preso a orientações políticas bem distantes da minha.
Não me interessa essa circunstância - em primeiro lugar, porque entendo, desde sempre, que do Cavalinho para cá, só deve haver vimaranensismo. E se todos pensassem assim, bem diferente seria a situação de Guimarães, hoje. O que a tem prejudicado, o que a prejudica é a pulverização em que vive.
Em segundo lugar - o que me interessa em Bernardino Jordão não são os seus sentimentos políticos partidários, se os tem, mas sim a sua actividade social, a sua obra vimaranense, a sua prodigiosa faculdade de iniciativa.(...)”
Para além da construção do Teatro, Bernardino Jordão já se havia instalado na Avenida do Comércio, assim designada aquando da inauguração da avenida no último domingo do ano de 1900, através da compra do Palácio de Vila Flor, para onde se mudara com a família, traz igualmente para a avenida a sua companhia elétrica, numa artéria então designada por Cândido dos Reis desde 1910, e os seus descendentes criam no espaço uma moderna subestação da companhia (1959), já com o nome de Avenida Afonso Henriques (desde finais de 1943).
No entanto esta dança toponímica não entra no coração dos vimaranenses. Essa Avenida, que surge da necessidade de ligar o centro da cidade à estação ferroviária, e onde se afirma a modernidade urbana de Guimarães, não agarra nunca os nomes com que a batizam. O aparecimento do Teatro Jordão, a extraordinária popularidade que o espaço alcançou, a sua ímpar magnificência, a forma como aquele espaço cultural resgatou o orgulho vimaranense, é que define verdadeiramente aquela artéria aos olhos dos vimaranenses. A Avenida Afonso Henriques, apesar do nome simbólico que carrega, não deixará de ser, na boca dos vimaranenses, a Avenida do Jordão. Ainda hoje, em algumas bocas, muitas, o continua a ser.
VISITAS DA MURALHA
Em torno da arquitetura, da talha e da azulejaria religiosa de Guimarães.
27 de novembro de 2021
Com o objetivo de pensar a Penha e preservar o seu património paisagístico e ambiental, a Muralha, juntamente com a Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e a Assembleia de Guimarães, lançaram-se no projeto Dar a Volta à Penha. Este projeto envolve alunos do 4º e 5º anos do Mestrado Integrado em Arquitetura, e os professores que os orientam, para conhecerem melhor a Penha e a partir daí formularam propostas urbanas, paisagísticas e arquitectónicas para a defesa de um património e de uma história tão valiosa quanto a que a Penha em si encerra. Algumas dessas propostas terão, posteriormente, divulgação pública e serão abertas à discussão de quem as queira conhecer (a divulgar oportunamente).
Arranque da iniciativa (10 de outubro de 2020) Imagens por Miguel Oliveira
Património industrial e a urgência de o salvar
texto Rui Vítor Costa publicado in O Comércio de Guimarães a 9 de setembro de 2020
Deparei-me, depois de férias, com o desaparecimento da Fábrica do Minhoto que fazia parte da nossa paisagem urbana e do património industrial da nossa cidade há mais de um século. É difícil exprimir em palavras a tristeza de a ver desaparecer. Às coisas que fazem parte de nós, do nosso olhar sobre a cidade, o léxico revela-se sempre curto para descrever a perda e para se encontrarem os adjetivos adequados.
Não tenho – ou julgo não ter – uma visão estreita sobre a preservação do património. A preservação do património, apesar de ser um valor absoluto, deve ser compatibilizado com as necessidades sociais e económicas prementes: a criação de emprego, o desenvolvimento económico, um urbanismo inteligente e com valores de mercado que estimulem a fixação de população. Não se pode investir na preservação patrimonial se não houver dinheiro para o fazer, nem se pode impedir a sua destruição imediata e substituí-la hipocritamente pela lentidão do abandono. A arte da governação estará naturalmente em compatibilizar todos esses factores. Nos anos 80 do século XX quando Guimarães apostou na reabilitação urbana do Centro Histórico muitas vozes se levantaram contra esse facto por comparação com Braga que crescia de forma pujante, apesar de errada e descuidada. Hoje temos a recompensa dessa visão, desse arrojo, dessa aposta. E o nosso património industrial está a precisar de um olhar semelhante e protetor. A Zona de Couros é disso hoje um bom exemplo, mas a têxtil e mesmo as cutelarias precisam de um olhar e de uma estratégia adequada.
Nos últimos anos, o desaparecimento brutal das indústrias que fizeram a história de Guimarães no último século tem sido uma constante. Fruto de crises gerais ou sectoriais, por força de novos avanços tecnológicos, ou por outras razões atendíveis ou meramente especulativas, esse tem sido um facto inelutável. E com a perda dos edifícios perdem-se ainda valiosas máquinas e instrumentos, perde-se importante documentação que enquadra a nossa história comunitária, perde-se saber e memória. A associação Muralha, pese embora a sua estrutura modesta, tem resgatado algum equipamento: destacam-se alguns antigos utensílios têxteis e documentos da Fábrica Moinho do Buraco, que foram recentemente expostos no Arquivo Municipal e serão objeto de nova mostra em finais de Outubro no Museu da Indústria Têxtil de Famalicão – curiosamente sob o título “Indústria têxtil de Guimarães”- e um tear mecânico centenário da Tarf que com a ajuda da Câmara Municipal (CMG), e com particular empenho da vereadora Adelina Pinto, foi possível salvar há um ano atrás. Além disto, a Muralha também definiu um projeto de levantamento fotográfico com o objetivo de reunir e atualizar uma nova coleção de imagens contemporâneas dos nossos lugares e tradições, nomeadamente de indústrias. Mas isso é naturalmente uma pequena gota no oceano das perdas sistemáticas que estamos violentamente a sofrer.
A Fábrica do Castanheiro – objeto de documentação e exposição da Muralha em 2019 com o objetivo de alertar consciências – vai desaparecer, nomeadamente o seu arquitetonicamente rico terceiro núcleo, para dar lugar a habitação. A Fábrica do Minhoto desapareceu agora. A Cavalinho também, mas esta já sem o valor patrimonial das anteriores face às sucessivas alterações que a degradaram. A Fábrica do Arquinho ficou neste processo – e bem - para a CMG e era importante que esse histórico edifício constituísse o primeiro e decisivo garrote que minorasse a perda de património industrial (têxtil) que vimos sofrendo.
Assacar aos particulares a responsabilidade pela preservação do património industrial é um fardo que ninguém, com o mínimo de empatia, achará justo. Assacar à CMG a responsabilidade por tomar conta de toda esse rico património iria certamente provocar a deslocação de recursos financeiros importantes de outras áreas nucleares da governação. Então o que fazer?
Não tenho eu, nem a Muralha, associação de Guimarães para a defesa do património, a que tenho a honra de pertencer, nenhuma fórmula milagrosa para resolver a questão. Temos, no entanto, algumas ideias e desde logo a convicção que é necessário haver uma estratégia clara de proteção do património industrial que tenha a mesma matriz estratégica dos sucessivos planos de urbanização que trouxeram, até hoje, e aos nossos olhos, uma cidade a que dá gosto pertencer e dizer que se pertence. Um Plano Municipal de Proteção do Património Industrial, que, desde logo, defina um conjunto de regras que sejam claras e passíveis de discussão pública, seria um bom ponto de partida.
Entendemos ser importante, numa primeira fase, identificar, estudar e documentar todas aquelas indústrias com valor histórico no nosso concelho e a CMG tem recursos humanos capazes para, de forma competente, cumprir essa primeira fase. Entendemos ainda que face a esse levantamento se deveria criar uma hierarquização dessas indústrias (em laboração ou já ao abandono) para condicionar, de forma harmoniosa, que qualquer intervenção urbana as proteja, criando incentivos próprios (nomeadamente de isenção de impostos camarários e outros apoios) para a sua preservação. E no caso em que não fosse já possível salvar essas indústrias, recuperar pelo menos a documentação (para o Arquivo Municipal) e o equipamento mais valioso de forma a ir protegendo esse património que poderia constituir mais tarde um núcleo museológico de inegável interesse. A clareza seria, no entanto, fundamental, não podemos ser implacáveis com os caixilhos das janelas e não o ser igualmente com o património industrial. E, conhecendo Guimarães e as suas gentes, não tenho dúvida que o apego à história comum poderia ter o mesmo efeito de preservação no património industrial da mesma forma que o teve no património urbano.
Há (por isso) muito a fazer. O loudel de D.João I, o Castelo de Guimarães, a Igreja da Oliveira são símbolos identitários. A indústria que deu a Guimarães o desenvolvimento económico durante os últimos séculos é ela também um símbolo importante da nossa identidade. E isso deve ser assumido e, acima de tudo, devem dar-se os passos necessários para defender e preservar esse património.
Não tenho – ou julgo não ter – uma visão estreita sobre a preservação do património. A preservação do património, apesar de ser um valor absoluto, deve ser compatibilizado com as necessidades sociais e económicas prementes: a criação de emprego, o desenvolvimento económico, um urbanismo inteligente e com valores de mercado que estimulem a fixação de população. Não se pode investir na preservação patrimonial se não houver dinheiro para o fazer, nem se pode impedir a sua destruição imediata e substituí-la hipocritamente pela lentidão do abandono. A arte da governação estará naturalmente em compatibilizar todos esses factores. Nos anos 80 do século XX quando Guimarães apostou na reabilitação urbana do Centro Histórico muitas vozes se levantaram contra esse facto por comparação com Braga que crescia de forma pujante, apesar de errada e descuidada. Hoje temos a recompensa dessa visão, desse arrojo, dessa aposta. E o nosso património industrial está a precisar de um olhar semelhante e protetor. A Zona de Couros é disso hoje um bom exemplo, mas a têxtil e mesmo as cutelarias precisam de um olhar e de uma estratégia adequada.
Nos últimos anos, o desaparecimento brutal das indústrias que fizeram a história de Guimarães no último século tem sido uma constante. Fruto de crises gerais ou sectoriais, por força de novos avanços tecnológicos, ou por outras razões atendíveis ou meramente especulativas, esse tem sido um facto inelutável. E com a perda dos edifícios perdem-se ainda valiosas máquinas e instrumentos, perde-se importante documentação que enquadra a nossa história comunitária, perde-se saber e memória. A associação Muralha, pese embora a sua estrutura modesta, tem resgatado algum equipamento: destacam-se alguns antigos utensílios têxteis e documentos da Fábrica Moinho do Buraco, que foram recentemente expostos no Arquivo Municipal e serão objeto de nova mostra em finais de Outubro no Museu da Indústria Têxtil de Famalicão – curiosamente sob o título “Indústria têxtil de Guimarães”- e um tear mecânico centenário da Tarf que com a ajuda da Câmara Municipal (CMG), e com particular empenho da vereadora Adelina Pinto, foi possível salvar há um ano atrás. Além disto, a Muralha também definiu um projeto de levantamento fotográfico com o objetivo de reunir e atualizar uma nova coleção de imagens contemporâneas dos nossos lugares e tradições, nomeadamente de indústrias. Mas isso é naturalmente uma pequena gota no oceano das perdas sistemáticas que estamos violentamente a sofrer.
A Fábrica do Castanheiro – objeto de documentação e exposição da Muralha em 2019 com o objetivo de alertar consciências – vai desaparecer, nomeadamente o seu arquitetonicamente rico terceiro núcleo, para dar lugar a habitação. A Fábrica do Minhoto desapareceu agora. A Cavalinho também, mas esta já sem o valor patrimonial das anteriores face às sucessivas alterações que a degradaram. A Fábrica do Arquinho ficou neste processo – e bem - para a CMG e era importante que esse histórico edifício constituísse o primeiro e decisivo garrote que minorasse a perda de património industrial (têxtil) que vimos sofrendo.
Assacar aos particulares a responsabilidade pela preservação do património industrial é um fardo que ninguém, com o mínimo de empatia, achará justo. Assacar à CMG a responsabilidade por tomar conta de toda esse rico património iria certamente provocar a deslocação de recursos financeiros importantes de outras áreas nucleares da governação. Então o que fazer?
Não tenho eu, nem a Muralha, associação de Guimarães para a defesa do património, a que tenho a honra de pertencer, nenhuma fórmula milagrosa para resolver a questão. Temos, no entanto, algumas ideias e desde logo a convicção que é necessário haver uma estratégia clara de proteção do património industrial que tenha a mesma matriz estratégica dos sucessivos planos de urbanização que trouxeram, até hoje, e aos nossos olhos, uma cidade a que dá gosto pertencer e dizer que se pertence. Um Plano Municipal de Proteção do Património Industrial, que, desde logo, defina um conjunto de regras que sejam claras e passíveis de discussão pública, seria um bom ponto de partida.
Entendemos ser importante, numa primeira fase, identificar, estudar e documentar todas aquelas indústrias com valor histórico no nosso concelho e a CMG tem recursos humanos capazes para, de forma competente, cumprir essa primeira fase. Entendemos ainda que face a esse levantamento se deveria criar uma hierarquização dessas indústrias (em laboração ou já ao abandono) para condicionar, de forma harmoniosa, que qualquer intervenção urbana as proteja, criando incentivos próprios (nomeadamente de isenção de impostos camarários e outros apoios) para a sua preservação. E no caso em que não fosse já possível salvar essas indústrias, recuperar pelo menos a documentação (para o Arquivo Municipal) e o equipamento mais valioso de forma a ir protegendo esse património que poderia constituir mais tarde um núcleo museológico de inegável interesse. A clareza seria, no entanto, fundamental, não podemos ser implacáveis com os caixilhos das janelas e não o ser igualmente com o património industrial. E, conhecendo Guimarães e as suas gentes, não tenho dúvida que o apego à história comum poderia ter o mesmo efeito de preservação no património industrial da mesma forma que o teve no património urbano.
Há (por isso) muito a fazer. O loudel de D.João I, o Castelo de Guimarães, a Igreja da Oliveira são símbolos identitários. A indústria que deu a Guimarães o desenvolvimento económico durante os últimos séculos é ela também um símbolo importante da nossa identidade. E isso deve ser assumido e, acima de tudo, devem dar-se os passos necessários para defender e preservar esse património.
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EXPOSIÇÃO: OS CARTAZES DAS GUALTERIANAS
Abertura 31 de julho de 2020, Largo do Toural
Os cartazes das Festas Gualterianas são, para além do seu caráter informativo, um reflexo do tempo em que as festas se realizaram. Um reflexo da magnificência ou da pobreza das Festas, um reflexo das correntes estéticas que então vigoravam, um reflexo dos acontecimentos vividos e da tecnologia disponível para os executar.
Desde 1906, o início das festas, que José Luís de Pina (1874-1960) através do seu desenho, imprime aos cartazes um caráter fortemente simbólico e suficientemente apelativo para que fossem uma peça central das próprias festas. Esses cartazes não eram apenas afixados na nossa cidade, mas nas terras à volta de Guimarães para chamarem a atenção dos forasteiros. Os cartazes além de fazerem propaganda do acontecimento procuravam, pelo seu cuidado plástico, vincar a capacidade, a iniciativa e o brilho laborioso das gentes de Guimarães. O cartaz era por essa altura uma das principais formas de anunciar e comunicar um evento tão importante quanto este. Já desde o final do século XIX que os cartazes eram meios privilegiados de anúncio. Tornaram-se famosos, em França, os cartazes de Toulouse-Lautrec assentes na nova técnica da litografia colorida que José Luís de Pina também usou nos seus cartazes (de 1906 a 1915 e 1923).
Muitos vimaranenses deixaram igualmente, nos cartazes, o seu contributo. José de Guimarães, Mário Cardoso, António Lino, Vasco Carneiro, Mário Dias, Teixeira Caçoila, António de Sousa Lima, entre outros, contribuíram esteticamente para a história das festas através do seu desenho e da sua perspectiva sobre o que era importante pôr em relevo.
O objetivo desta exposição não é o de tratar exaustivamente os cartazes das Gualterianas, mas sim o de os destacar pelo seu significado. Os cartazes iniciais das festas ganham particular importância pois afirmavam as festas como uma força central da vida cívica vimaranense. Os cartazes de meados do século XX utilizam com frequência os símbolos identitários da comunidade para comunicarem com quem os vê. Alguns cartazes foram selecionados pelo seu descuido estético ou pobreza de informação, situando-nos nas crises pelas quais as festas passaram ou pelo caráter cada vez menos importante que estes assumiram enquanto meios de comunicação.
O atual ano de 2020 obrigou, pela natureza dos acontecimentos, a umas Festas Gualterianas muito diferentes daquilo a que nos habituamos ver ou a esperar ver. Este ano de pausa impeliu-nos a olhar para trás, o que poderá ser uma forma reflexiva para ver mais além. Assim o esperamos
Os cartazes das Festas Gualterianas são, para além do seu caráter informativo, um reflexo do tempo em que as festas se realizaram. Um reflexo da magnificência ou da pobreza das Festas, um reflexo das correntes estéticas que então vigoravam, um reflexo dos acontecimentos vividos e da tecnologia disponível para os executar.
Desde 1906, o início das festas, que José Luís de Pina (1874-1960) através do seu desenho, imprime aos cartazes um caráter fortemente simbólico e suficientemente apelativo para que fossem uma peça central das próprias festas. Esses cartazes não eram apenas afixados na nossa cidade, mas nas terras à volta de Guimarães para chamarem a atenção dos forasteiros. Os cartazes além de fazerem propaganda do acontecimento procuravam, pelo seu cuidado plástico, vincar a capacidade, a iniciativa e o brilho laborioso das gentes de Guimarães. O cartaz era por essa altura uma das principais formas de anunciar e comunicar um evento tão importante quanto este. Já desde o final do século XIX que os cartazes eram meios privilegiados de anúncio. Tornaram-se famosos, em França, os cartazes de Toulouse-Lautrec assentes na nova técnica da litografia colorida que José Luís de Pina também usou nos seus cartazes (de 1906 a 1915 e 1923).
Muitos vimaranenses deixaram igualmente, nos cartazes, o seu contributo. José de Guimarães, Mário Cardoso, António Lino, Vasco Carneiro, Mário Dias, Teixeira Caçoila, António de Sousa Lima, entre outros, contribuíram esteticamente para a história das festas através do seu desenho e da sua perspectiva sobre o que era importante pôr em relevo.
O objetivo desta exposição não é o de tratar exaustivamente os cartazes das Gualterianas, mas sim o de os destacar pelo seu significado. Os cartazes iniciais das festas ganham particular importância pois afirmavam as festas como uma força central da vida cívica vimaranense. Os cartazes de meados do século XX utilizam com frequência os símbolos identitários da comunidade para comunicarem com quem os vê. Alguns cartazes foram selecionados pelo seu descuido estético ou pobreza de informação, situando-nos nas crises pelas quais as festas passaram ou pelo caráter cada vez menos importante que estes assumiram enquanto meios de comunicação.
O atual ano de 2020 obrigou, pela natureza dos acontecimentos, a umas Festas Gualterianas muito diferentes daquilo a que nos habituamos ver ou a esperar ver. Este ano de pausa impeliu-nos a olhar para trás, o que poderá ser uma forma reflexiva para ver mais além. Assim o esperamos
ASSEMBLEIA GERAL, 17 de Julho, 17h30
Assembleia de Guimarães
ORDEM DE TRABALHOS:
1. Leitura e votação das atas das reuniões anteriores.
2. Discussão e votação do Relatório de Atividades e Contas da Associação em 2019, bem como a respetiva análise do parecer do Conselho Fiscal.
3. Apresentação de qualquer outro assunto de interesse para a Associação.
4. Votação da minuta da ata da reunião.
ORDEM DE TRABALHOS:
1. Leitura e votação das atas das reuniões anteriores.
2. Discussão e votação do Relatório de Atividades e Contas da Associação em 2019, bem como a respetiva análise do parecer do Conselho Fiscal.
3. Apresentação de qualquer outro assunto de interesse para a Associação.
4. Votação da minuta da ata da reunião.
GUIMARÃES.PATRIMÓNIO.REGISTOS.
Inaugura na extenção do Museu de Alberto Sampaio, às 18h00, do dia 3 de maio de 2018
A Muralha, associação de Guimarães para a defesa do Património e a Escola de Arquitetura da Universidade do Minho, uniram-se para celebrar, através de uma exposição, o património cultural de Guimarães. Este ano é aliás, e por iniciativa da União Europeia, o ano europeu do património cultural.
A exposição Guimarães. Património. Registos., a inaugurar a 3 de maio de 2018, pelas 18h00, na extensão do Museu de Alberto Sampaio, na Praça de Santiago, conjuga e harmoniza dois importantes arquivos de Guimarães: a CoLePa (Coleção de Levantamento do Património) e a CFM (Colecção de Fotografia da Muralha).
O ambiente contruído de Guimarães oferece ao habitante e visitante um espólio eclético de património edificado de elevado valor que permite olhares multidisciplinares e transcronológicos, desafiando a comunidade e a academia para um esforço permanente de registo de uma memória coletiva sólida bem presente nos lugares e nas pessoas que o habitam. A exposição Guimarães. Património. Registos.propõe a quem a visita percursos por lugares e arquiteturas da cidade e do concelho tendo por base desenhos, imagens e estudos que procuram fixar e interpretar o que as ruas, os largos, as casas ou as igrejas nos transmitem. A seleção do material expositivo foi realizada a partir de uma coleção visual de partilha de levantamentos arquitetónicos de edifícios históricos - CoLePa -, desenvolvida na Escola de Arquitetura com base em trabalhos escolares, e os arquivos fotográficos da Muralha..
A exposição ficará patente no Palacete de Santiago até 30 de junho e conta com o indispensável apoio da Câmara Municipal de Guimarães, do Museu de Alberto Sampaio e do Laboratório de Paisagens, Património e Território da Universidade do Minho.
A exposição Guimarães. Património. Registos., a inaugurar a 3 de maio de 2018, pelas 18h00, na extensão do Museu de Alberto Sampaio, na Praça de Santiago, conjuga e harmoniza dois importantes arquivos de Guimarães: a CoLePa (Coleção de Levantamento do Património) e a CFM (Colecção de Fotografia da Muralha).
O ambiente contruído de Guimarães oferece ao habitante e visitante um espólio eclético de património edificado de elevado valor que permite olhares multidisciplinares e transcronológicos, desafiando a comunidade e a academia para um esforço permanente de registo de uma memória coletiva sólida bem presente nos lugares e nas pessoas que o habitam. A exposição Guimarães. Património. Registos.propõe a quem a visita percursos por lugares e arquiteturas da cidade e do concelho tendo por base desenhos, imagens e estudos que procuram fixar e interpretar o que as ruas, os largos, as casas ou as igrejas nos transmitem. A seleção do material expositivo foi realizada a partir de uma coleção visual de partilha de levantamentos arquitetónicos de edifícios históricos - CoLePa -, desenvolvida na Escola de Arquitetura com base em trabalhos escolares, e os arquivos fotográficos da Muralha..
A exposição ficará patente no Palacete de Santiago até 30 de junho e conta com o indispensável apoio da Câmara Municipal de Guimarães, do Museu de Alberto Sampaio e do Laboratório de Paisagens, Património e Território da Universidade do Minho.
AS VISITAS DA MURALHA
9 de julho: à descoberta do Paço dos Duques
ÁLBUM DE FAMÍLIA
29 de julho de 2016/inauguração. Fotos de Paulo Pacheco.
45 anos do edifício sede da Assembleia de Guimarães.
14 de dezembro de 2017.
Exposição 14DEZ17-25FEV18
O verde a preto e branco
O Verde a Preto e Branco_tempo 2
Inauguração a 27 de julho de 2017. Guimarãeshopping.
Lançamento de Catálogos (07.12.16)
Nota de imprensa - Convento de Santa Rosa de Lima
07.11.16
A Muralha – associação de Guimarães para defesa do Património vem através desta nota de imprensa pronunciar-se sobre uma questão central que a preocupa no domínio da preservação do nosso património comum.
Entende esta associação:
1. O Convento de Santa Rosa do Lima, conhecido pelo Convento das Dominicas, é um edifício conventual que se encontra em considerável estado de degradação, como pudemos constatar aquando da nossa visita guiada ao edifício.
2. Ao longo do século XVIII, nesta instituição monástica feminina, podemos encontrar disseminados pelas obras de pedraria, carpintaria e talha, um numeroso número de mestres que aí trabalharam oriundos dos atuais concelhos de Braga, da Maia, do Porto, Vila de Conde e de Vila Nova de Famalicão. Segundo as fontes arquivísticas, este convento destaca-se como o imóvel vimaranense em que deparamos com o maior número de artistas provenientes de locais fora de Guimarães e seu termo. Este convento é uma referência pelo número de encomendas, pela contratação de artistas de nomeada e principalmente por aquilo que ainda nos nossos dias podemos admirar.
3. Sendo o Convento propriedade da Câmara Municipal de Guimarães urge que a autarquia olhe para aquele património edificado com toda a atenção, desde logo pela reconstrução da cerca do convento que se encontra particularmente degradada, e se estabeleça um plano de recuperação global que garanta o futuro e o respeito pela história comum que ele representa.
4. O Convento de Santa Rosa de Lima é um exemplar importante e único da nossa rica arquitetura conventual que não pode nem deve ficar esquecido. O facto de o edifício ser propriedade da Câmara Municipal de Guimarães obvia um conjunto de constrangimentos – como aqueles com que se deparou a Torre da Alfândega – e dá à comunidade uma responsabilidade acrescida na sua conservação.
5. Pensamos que com a recuperação estrutural e patrimonial deste Convento, juntamente com a desejada abertura a público da Torre da Alfândega, enriquecerá de forma muito substancial o património edificado de Guimarães e fará jus aos pergaminhos da comunidade em termos da preservação do nosso património comum.
A DIREÇÃO
A Muralha – associação de Guimarães para defesa do Património vem através desta nota de imprensa pronunciar-se sobre uma questão central que a preocupa no domínio da preservação do nosso património comum.
Entende esta associação:
1. O Convento de Santa Rosa do Lima, conhecido pelo Convento das Dominicas, é um edifício conventual que se encontra em considerável estado de degradação, como pudemos constatar aquando da nossa visita guiada ao edifício.
2. Ao longo do século XVIII, nesta instituição monástica feminina, podemos encontrar disseminados pelas obras de pedraria, carpintaria e talha, um numeroso número de mestres que aí trabalharam oriundos dos atuais concelhos de Braga, da Maia, do Porto, Vila de Conde e de Vila Nova de Famalicão. Segundo as fontes arquivísticas, este convento destaca-se como o imóvel vimaranense em que deparamos com o maior número de artistas provenientes de locais fora de Guimarães e seu termo. Este convento é uma referência pelo número de encomendas, pela contratação de artistas de nomeada e principalmente por aquilo que ainda nos nossos dias podemos admirar.
3. Sendo o Convento propriedade da Câmara Municipal de Guimarães urge que a autarquia olhe para aquele património edificado com toda a atenção, desde logo pela reconstrução da cerca do convento que se encontra particularmente degradada, e se estabeleça um plano de recuperação global que garanta o futuro e o respeito pela história comum que ele representa.
4. O Convento de Santa Rosa de Lima é um exemplar importante e único da nossa rica arquitetura conventual que não pode nem deve ficar esquecido. O facto de o edifício ser propriedade da Câmara Municipal de Guimarães obvia um conjunto de constrangimentos – como aqueles com que se deparou a Torre da Alfândega – e dá à comunidade uma responsabilidade acrescida na sua conservação.
5. Pensamos que com a recuperação estrutural e patrimonial deste Convento, juntamente com a desejada abertura a público da Torre da Alfândega, enriquecerá de forma muito substancial o património edificado de Guimarães e fará jus aos pergaminhos da comunidade em termos da preservação do nosso património comum.
A DIREÇÃO
VISITA A FERMENTÕES 10.09.16
ÁLBUM DE FAMÍLIA
29 de julho de 2016/inauguração. Fotos de Paulo Pacheco.
AS VISITAS DA MURALHA
9 de julho: à descoberta do Paço dos Duques
Guimarães Conventual - III
Guimarães conventual - III
21 de maio de 2016, 10h30
21 de maio de 2016, 10h30
Na Cidade. 13.05.16.
Inauguração. Fotos de Paulo Pacheco.
A Muralha colaborou com a exposição demopolis
DEMOPOLIS Akademie der KÜNSTE Berlin
A Muralha apoia a exposição sobre os 150 anos do nascimento de Francisco Inácio da Cunha Guimarães da responsabilidade da Junta de Freguesia de Selho S.Jorge, comissariada por Mariana Jacob.
Escola Primária do Bairro
5 a 27 de abril de 2014
francisco_incio_da_cunha_guima.pdf | |
File Size: | 3436 kb |
File Type: |
Assembleia Geral da Muralha.
Dia 15 de março de 2014.
16h00 na sede da Assembleia de Guimarães.
Ver agenda.
Foto: Paulo Pacheco, inauguração do monumento a António de Azevedo (24.06.13)
O DIA V . Guimarãeshopping, 23 novembro 2013.
Fotos: Bilder Criativos.
Assembleia Geral 26 de Janeiro 2013
Clique aqui para editar .
Na Assembleia Geral, entre outros assuntos, foi aprovado o Relatório de Atividades e Contas de 2012 e eleitos os novos órgãos sociais da instituição.
António de Azevedo e Guimarães, vida e obra
Assembleia, 22 de dezembro de 2012
Plano Geral Grande Plano
Edifícios & Vestígios
Edifícios & Vestígios
A Muralha colaborou com a Exposição Edifícios e Vestígios na Fábrica Asa (Sector G), de 29.09.2012 a 09.12.2012.
A 3 de Novembro 2012, às 11h, teve lugar uma visita ao núcleo Fábrica do Moinho do Buraco com o património industrial da Muralha.
Mais info.
Rever a cidade em Maribor
Rever a cidade
Inauguração
Os Corações da Cidade
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Pátio da Santa Casa da Misericórdia, Largo da Misericórdia
De 3 de Agosto de 2012
a 31 de Agosto de 2012
De 3 de Agosto de 2012
a 31 de Agosto de 2012
Reimaginar Guimarães. Exposição na Assembleia da República. De 11 de JULHO a 28 de OUTUBRO de 2012
Rota do Fresco. Guimarães. 21 de Abril de 2012.
Inauguração d' A CIDADE DA MURALHA. CAAA dia 16 de Dezembro de 2011.
10 anos 10 pontes. 7 a 17 de Dezembro 2011. Rua de Santo António.
Visita Sé de Braga. Muralha 5 de Novembro de 2011.
Catálogo da Exposição das Exposições
2011.
Preparação da Exposição das Exposições.
Julho de 2011. Palácio de Vila Flor.
2011.
Digitalização dos clichês.
Julho de 2011. Arquivo Municipal Alfredo Pimenta.
2011
9 de Junho de 2011 - Conferências sobre o património de Guimarães.
Dr.Fernando Conceição, "O largo, coração da cidade - uma perspectiva histórica".
9 de Junho de 2011 - Conferências sobre o património de Guimarães.
Dr.Fernando Conceição, "O largo, coração da cidade - uma perspectiva histórica".
2011
6 de Maio de 2011 - Jantar de 30 anos da Muralha
6 de Maio de 2011 - Jantar de 30 anos da Muralha
Assembleia Geral de 6 de Maio.
Ordem de Trabalhos:
1. Aprovação do Relatório de Actividades e Contas da Associação, bem como do parecer do Conselho Fiscal relativo a 2010.
2. Apresentação do Plano de Actividades para 2011.
3. Estratégia de comunicação da Muralha.
4. Apresentação de qualquer outro assunto de interesse para a Associação.
Ordem de Trabalhos:
1. Aprovação do Relatório de Actividades e Contas da Associação, bem como do parecer do Conselho Fiscal relativo a 2010.
2. Apresentação do Plano de Actividades para 2011.
3. Estratégia de comunicação da Muralha.
4. Apresentação de qualquer outro assunto de interesse para a Associação.
Iniciativas da Associação Muralha 2008/2009
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